sábado, maio 21, 2011

O sonho de ter um iMac




Quando foi a primeira vez que tive vontade de ter um Mac?
Faz muito tempo.
Faz tanto tempo que na época nem era assim que o chamávamos. Naquela época ele era o Macintosh.
Bons tempos da revista Micro-Sistemas, quando se interessar por informática era considerado coisa de malucos beleza.
Não tínhamos rede, email, internet e Google.
Éramos desbravadores, mas de um tipo diferente. Nossas descobertas eram concentradas em conseguir encontrar alguma utilidade para aquelas pequenas (nem tanto) caixas com teclado de máquina de escrever e cheias de circuitos integrados, que na maioria das vezes não faziam nada muito além de exibir caracteres brancos numa tela de fundo preto, que eram nossos televisores da sala, em sua maioria.
Mas chega de nostalgia masoquista.
Quero falar de uma máquina atual. Alias atual talvez não seja a palavra mais correta, pois sob muitos aspectos, trata-se de uma máquina que desde sua primeira versão lançada em 1984, sempre esteve a frente de seu tempo. E isso continua valendo, como poderão ver nos próximos parágrafos.
Nesse ponto vocês já devem ter chegado a duas conclusões: a primeira é que o autor é velho e na segunda, que ele é fanboy.
Eu diria que as duas afirmações estão mais ou menos corretas.
Mais ou menos porque não sou tão velho assim, digamos que quando nasci, Elvis ainda estava vivo, porém não viveria muito tempo.
Agora quanto a ser fanboy, bem, aí não tem defesa, acho que sou mesmo.

Mas quero falar do meu novo brinquedo, o iMac 27 core i5 3.1 Ghz.
Portanto vou começar lembrando a configuração detalhada, diretamente da página da Apple:

Processador:
Intel Core i5 de quatro núcleos, 3.1 GHz, com 6 MB de cache L3 compartilhado e embarcado;

Memória:
4GB (duas de 2 GB) DDR3, 1333MHz

Armazenamento:
Disco rígido de 1TB (7200 rpm)

Processador gráfico:
AMD Radeon HD 6970M com 1GB de memória GDDR5

Câmera:
FaceTime HD

Áudio:
Falantes estéreo integrados com 17 watts

Conexões:
Superdrive;
Slot para cartão SDXC;
Audio in;
Audio out;
4 USB 2.0;
1 FireWiere 800;
2 THUNDERBOLT (até 10 Gbps)
Gigabit Ethernet

Mobilidade:
Wi-Fi 802.11n
Bluetooth

Desde que comecei a utilizar produtos Apple, gradativamente e até sem perceber comecei a dar menos importância a essas listas intermináveis de especificações técnicas.
E sabe por que?
Porque hardware não é tudo meu amigo!
A Apple não cansa de esfregar isso na nossa cara a cada novo lançamento, por isso sempre me concentro na leitura de reviews e blogs que dão mais atenção a experiencia de uso do produto do que aqueles que dedicam linhas e linhas sobre como é o barramento interno entre processador e memoria, ou quantos teraflops tal placa de video consegue mostrar nos benchmarks.
Experiência de uso, facilidade, fluidez, estabilidade, essas tem sido as palavras de ordem para os engenheiros e designers da Apple desde que Jobs voltou e o resultado está aí. A empresa ultrapassou recentemente o Google como marca mais valiosa, e também a Microsoft como a mais lucrativa.

Esse novo iMac 27 é um sonho.
Posso resumir dessa maneira.
Não fiz benchmark, nem mediçoes cronometradas, digo isso apenas como usuário.
Como usuário bem experiente, pude comparar a sensação de desempenho dessa máquina nos últimos 7 dias com meu outro computador, um MacBook 15 Core i7 (2010).
Meu Macbook tem mais RAM (8GB), mas o iMac mesmo estando atualmente com 4GB é sensivelmente mais rápido em quase todas as tarefas.
Digo quase todas, porque utilizando o Parallels rodando uma máquina virtual com Windows 7, o uso intensivo do HD para contornar a falta de RAM fez com que demorasse mais que no Macbook.

A tela, preciso falar da tela.
É magnifica, para utilizar somente uma palavra.
A resolução de 2560x1440 é um show a parte, permitindo deixar tudo ali jogado naquele paredão imenso: Sparrow, Twitter, Reeder, Chrome, Wunderlist, Skype, está tudo aqui na tela nesse momento e sem bagunça.
Na hora de exibir algum arquivo de video FullHD o encantamento se repete, a qualidade das imagens e cores é realmente impressionante.

Ainda não testei as novas portas Thunderbolt e como disse acima não executei benchmarks, conforme for tendo tempo e efetuando novos testes irei informando aqui no blog e avisando no Twitter.

Trantando-se de uma máquina destianada a ser um computador principal seja em casa ou no trabalho, meu sentimento com ela é de um produto de extrema qualidade que inspira admiração por concentrar numa única peça tantos sinais de aperfeiçoamento técnico e estético aliados à boa experiência do usuário e sob esse ponto de vista, apesar de ser um objeto fabricado e montado numa cadeia produtiva totalmente industrial e pasteurizada, apesar disso, lembra uma obra de arte.

Recentemente assisti uma disputa no Twitter entre o @OficialJoao e o @jonnyken, onde o segundo questionava a racionalidade em se pagar bem mais caro numa máquina da Apple apenas por causa da marca, por sua vez o @OficialJoao argumentou que máquinas genéricas, montadas com peças de qualidade equivalente (ou quase) custam praticamente o mesmo.
Sempre vejo esse tipo de discussão e isso me faz pensar no valor agregado a tudo aquilo que é feito com esmero e capricho.
Capricho, como dizia minha saudosa avó, é difícil de se por preço.
E eita máquina caprichada esse tal de iMac viu sô!